Galp: da relação à saída do CEO

Ainda que tenha alegado “motivos familiares”, Filipe Silva, ex-CEO da Galp, abandonou a empresa onde trabalhou 12 anos (dois deles como CEO), depois de uma alegada relação com uma diretora ter sido divulgada. Tudo começou numa denúncia. A queixa anónima chegou à Comissão de Ética e Conduta da empresa por altura do Natal. Um caso que nos leva a refletir sobre as relações laborais, a sua viabilidade e o modo como se deve proceder quando as mesmas acontecem.

Interpelado pelo jornal SOL, Luís Couto, Sócio da SPCB Legal, explicou que é preciso distinguir dois planos: “o da relação laboral e o da relação de administração“. Distinguindo as duas, sublinhou: “em princípio, a mera existência de um caso amoroso entre duas pessoas de uma empresa não poderá, por si só, levar ao despedimento com justa causa de um trabalhador ou trabalhadora, ainda que resulte de regulamento interno (código de ética) a proibição de relacionamentos entre colaboradores da mesma organização“.